A VERDADE SOBRE OS OVOS DA PÁSCOA

E de repente damos por nós a pensar no que raio significam os “ovos da Páscoa”?

E mais uma vez, porque a História é feita de histórias, com mitos, ritos, símbolos e significados, começo pelo Egipto: então não é que os egípcios já pintavam ovos de galinha ocos, com cores vivas e coloridas, que celebravam o renascer da vida com o início da Primavera?

E, noutras das civilizações da Antiguidade, os ovos eram símbolo de fertilidade, do renascer da vida, pelo que era normal a troca de ovos no equinócio da Primavera como celebração do fim do Inverno e início da Primavera. Era de tal maneira forte a tradição dos ovos que os agricultores enterravam ovos nas terras agrícolas para que o ano se traduzisse numa boa e grande colheita.

E o que é que o “ovo” tem que ver com a “Páscoa”? Tudo. Ou nada.

Conforme referi no post “A VERDADE SOBRE O COELHINHO DA PÁSCOA”, o domingo de Páscoa celebra a ressurreição de Cristo. E o que é a ressurreição senão um renascer? E o ovo é o símbolo do renascer da vida. 

E assim, os ovos egípcios, pintados de cores vivas e coloridas, trespassaram eras e costumes e tornaram-se presença obrigatória na celebração da Páscoa. E tornaram-se objectos valiosos, da nobreza e da realeza! O rei Eduardo I de Inglaterra oferecia ovos banhados de ouro aos seus vassalos preferidos. E Luís XIV, o Rei-Sol, começou por mandar pintar e decorar ovos para que os pudesse oferecer. Mas depois, mandou fazê-los em madeira e metal, ricamente decorados, podendo ser abertos de forma a desvendar um presente surpresa. Ou seja, o ovo passava a conter um objecto valioso dentro dele. E Luís XV, o seu bisneto, mandou fazer (como presente para uma sua amante) um ovo enorme, cujo interior albergava uma escultura de Cupido. 

E o expoente máximo destas criações, terão sido as de Peter Carl Fabergé, um joalheiro russo que produziu para a família imperial russa os famosos “ovos de Páscoa” que o Czar oferecia anualmente aos seus familiares. Actualmente são peças valiosíssimas e conhecidas como “ovos de Fabergé”. 

Para além destas peças valiosas de joalharia também os ovos ocos de galinha sofreram actualizações, passando a ser recheados de chocolate e pintados por fora com cores vivas e coloridas. Mais tarde, todo o ovo passou a ser de chocolate e mais recentemente, protegido com uma prata colorida. E oferecidos pela Páscoa entre familiares e amigos!

Resumindo: o que é que os “ovos” têm que ver com a “Páscoa”? Tudo. Ou nada.

A Páscoa significa “passagem”, celebrando a ressurreição de Jesus Cristo. O renascer, cujo símbolo milenar é o ovo e que, coincidentemente, era celebrado com o equinócio da Primavera.   

Transcrevo a mesma passagem do livro “Pedra Alta”:
Por vezes temos e fazemos coisas sem saber porquê… rituais que passam de geração em geração, de «era» para «era», e que por qualquer motivo inconsciente, continuamos a repetir.” 

Ou seja, os “ovos” estão na “Páscoa”. E a Páscoa tem “ovos”!

Assim como “coelhinhos”! 

Mas esse, foi o tema do post anterior 😊



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