ESTADO DE ALERTA
A frase do dia no parlamento, na voz do PEV: “Tempo não é dinheiro; tempo é vida.”
Todos os grupos parlamentares, todos os deputados, apelaram para a consciência nacional. Não bastam as medidas implementadas pelo governo. Não bastam os planos de contingência nacionais. Todos, todos os cidadãos, devem ser responsáveis por si e pelos outros.
Até a igreja católica suspendeu a realização de Missas, apelando para que sejam anulados batizados, casamentos e outros actos religiosos.
É tempo de encarar o COVID-19 de frente, sem brincadeiras parvas. Que o povo português, que é letrado e inteligente, tenha consciência social, familiar e comunitária. Para os que não estão doentes, lembrem-se: podem ser portadores do vírus e não saber. Podem ser portadores do vírus e não estarem doentes. Podem nunca vir a ficar doentes (graças ao bom funcionamento do sistema imunitário) mas podem contaminar quem está à vossa volta.
O mesmo se aplica ao contrário. Quem está à vossa volta, pode ter o vírus, mesmo que não esteja doente ou apresente sintomas e, contaminar-vos.
Respeitemos todos, as indicações da DGS e as medidas governamentais. Mas temos, para além disso, de ter consciência. Mesmo que muitos levem isto a brincar e até façam troça das nossas medidas. Lembrem-se do velho ditado: mais vale prevenir do que remediar. Mas sem exageros. Sem medos inusitados e desconexos.
Sabemos todos, pelas notícias oficiais que vão sendo transmitidas, que o pico da doença ainda não foi atingido. Os próximos dias, mesmo com as medidas da DGS e governamentais, vão ser piores. Vai piorar para depois, melhorar.
E como disse uma bancada parlamentar: “Cancelem as viagens, as idas à praia, aos espaços comerciais. Cancelem as visitas a amigos e familiares. Adiem jantares e jantaradas. Evitem os cafés e cafezinhos por aqui e por ali”.
E eu acrescento: o que nos pedem é que fiquemos sossegados em casa. É pedir muito?
Ontem eram 78 os infectados. Hoje são 112. Em 24 horas, mais 34 casos. E tudo indica que vai subir. E muito. Não olhemos para estes dados como se fossem uma invenção. São reais e podem vir a ser assustadores.
Pela vossa saúde. Pela saúde daqueles que amam. Fiquem em casa. Protejam-se e protejam. Isto não é um devaneio. É verdadeiro e sério.
Porque praia, cinema, espaços comerciais, visitas a amigos e familiares, jantares e jantaradas, cafés e cafezinhos, iremos ter todos os dias do resto da nossa vida. E é de vida que se trata. Tratemos da vida para garantirmos o nosso futuro. Façamos todos, o nosso próprio plano de contingência. Porque a nossa vida, a vida dos nossos, é mais importante do que o convívio social e familiar. Sem entrar em histerias. Mas com conta, peso e medida.
Que as consciências fiquem tranquilas.
Fiquemos em casa o máximo que pudermos. E nos casos em que tenhamos de sair para trabalhar, cumpramos todos, as orientações da DGS, as medidas governamentais e o Plano de Contingência da entidade empregadora.
E respeitemos “o estado de alerta nacional”, decretado hoje pelo governo, obedecendo às orientações que possam vir a ser dadas pelos serviços de segurança e protecção civil.
Mostremos ao mundo que, apesar das imagens de praia desta semana (no dia em que foi decretado pela OMS, pandemia), o povo português é civilizado, atento, preocupado, empenhado e cumpridor nesta luta contra um vírus desconhecido e para o qual ainda não é conhecida a cura.
A todos, um bom fim-de-semana. Com consciência social, familiar e comunitária.
FONTE DA IMAGEM: sabado.pt
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