FOURTH ROUND: MARTINS/COSTA. AND THE WINNER IS...
Só agora consegui ver o debate. E não foi por causa da abertura da festa 😄 que não há como
essa! Mas vamos ao que interessa:
RTP 1. Debate moderado por António José Teixeira, de casaco azul escuro, camisa branca e gravata às riscas vermelhas e brancas. Catarina Martins sorridente, de casaca preta e camisa azul clara e um colar de contas! António Costa igualmente sorridente, de casaco azul escuro, camisa branca e uma gravata avermelhada com textura.
Primeira pergunta é relativa à 'geringonça' dos últimos quatro anos. Catarina Martins, sorridente, diz que "há muito por fazer" e que "o partido que mais aprovou projectos de lei foi o BE, com o PS e o PCP". E que no futuro, "precisamos perceber quais são as coisas que temos de resolver".
António Costa sorri. e António José Teixeira pergunta: e depois das eleições?
"Vamos deixar as pessoas votarem" diz Catarina Martins. António Costa afirma "os eleitores dirão o que acontece a seguir às eleições". E aproveitando a palavra, complementa dizendo que neste últimos 4 anos "o PS foi o fiel do equilíbrio" da 'geringonça'.
António José Teixeira insiste: Se ganhar voltará a entender-se com os seus actuais parceiros. António Costa diz que "nada será como dantes mas, o diálogo estará sempre presente. O muro está derrubado!"
Voltando-se para Catarina Martins, António José Teixeira pergunta se o BE continua a ser um parceira do PS. Catarina Martins sorri olhando para António Costa que lhe devolve o sorriso. "Quem constrói resultados e soluções é quem vota", acaba por dizer Catarina Martins. E continua dizendo que o "programa do PS é pouco concreto. Não tem contas." António Costa diz ter as contas e que as pode mostrar. Catarina Martins volta a sorrir, semicerrando os olhos exclama: "Uma maioria absoluta é perigosa."
E António Costa reage dizendo que "desejamos ter o melhor resultado eleitoral, como qualquer partido".
Fala-se de contas, de verbas, de dinheiros, de percentagens, de promessas,... levando António Costa a esclarecer que "governar exige fazer escolhas". E que "um programa de governo não é uma lista de Natal".
E continua: "Eu não vou gastar o dinheiro dos portugueses em privatizações da REN ou da GALP. Eu não quero nacionalizar a GALP. Quero investir esse dinheiro, 10 mil milhões de euros, na saúde".
Catarina Martins continua sorridente. E é sorridente que afirma: "Nacionalizada a REN já está. Pelo governo chinês. É o governo chinês que controla a rede eléctrica nacional de Portugal".
António Costa fica sério. E Catarina Martins faz um quase ataque, aproveitando aquele ar sério de António Costa, dizendo: "Temos um enorme problema com a legislação laboral e o PS parece acreditar que está tudo bem. A forma de puxar pelo país é puxar pelos salários".
E voltam os dinheiros, a função pública, a progressão de carreira, os descongelamentos,... e António José Teixeira questiona sobre a verba que o PS atribui à cultura: 2% do orçamento de estado.
António Costa refere que "hoje só temos 1%." E Catarina Martins diz que essas contas não estão no programa do PS. Conversa confusa de números, de percentagens e António Costa deixa escapar que: "A Cultura não está só no Ministério da Cultura. Também está por exemplo, na Educação. E noutros ministérios também". Catarina Martins diz: "já percebemos então de que forma são esses 2%".
O debate está a terminar e é a altura de António José Teixeira fazer a mesma pergunta a Catarina Martins e António Costa: a quem é que irão ligar depois de conhecerem os resultados eleitorais?
Resposta de Catarina Martins: "O BE estará sempre disponivel para soluções, A direita não contará nunca com o BE mas, não passamos cheques em branco".
António Costa sorri perguntando: "Telefonema para quem? Não me ocorreu ninguém a quem telefonar. Se eu ganhar não vou telefonar para mim mesmo", rindo. E continuando a rir diz: "se for o Rui Rio a ganhar telefono-lhe a dar os parabéns!" Continua a rir (Catarina Martins também) dizendo "iremos continuar a conversar seja qual for o resultado".
E o debate termina.
Catarina Martins queria números. António Costa diz que os tinha ali e podia mostra. Mas não mostrou. E Catarina Martins não insistiu. Querem o mesmo mas de maneiras diferentes. Porque o PS não faz um programa eleitoral como se fosse uma lista de Natal. Mas o BE, faz um programa eleitoral explicando de onde vem e para onde vai o dinheiro. Diz a Catarina Martins.
A verdade é que os dois, pareciam amigos de longa data e não parceiros da 'geringonça'. Até pareciam ter alguma cumplicidade,... nos sorrisos, na troca de olhares,... enfim, o futuro é previsível mas não está decidido. O melhor é ficarem assim. Mais ou menos nada. para não comprometer a possibilidade de uma nova 'geringonça'. Que será diferente. Mas com diálogo, conversa, sorrisos,...
Amanhã há mais. A coincidir com o jogo de Portugal...
FONTE DA IMAGEM: CMJORNAL
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