FOI HÁ 20 ANOS
No ano de 1997, ainda na faculdade, chegava o convite para que alunos participassem com ideias para os carros que viriam a integrar uma “Peregrinação”, num evento que ocorreria durante todos os dias naquela que iria ser a Expo 98. Muitos participaram e viram a possibilidade de construir e entrar com o seu carro naquele que se revelou um dos mais ‘loucos’ desfiles da Expo 98.
Pois é. Há 20 anos atrás, Jorge Sampaio declarava aberta a Expo 98, convidando o mundo a celebrar “os oceanos, um património para o futuro”. Estávamos a 22 de Maio de 1998, e este era o dia que toda a gente esperava: poder entrar no recinto e descobrir aquela nova cidade.
Pois é. Há 20 anos atrás, Jorge Sampaio declarava aberta a Expo 98, convidando o mundo a celebrar “os oceanos, um património para o futuro”. Estávamos a 22 de Maio de 1998, e este era o dia que toda a gente esperava: poder entrar no recinto e descobrir aquela nova cidade.
A “Peregrinação” corria todos os dias as ruas da Expo. Era o momento diário a par com o “AquaMatrix”, onde uma personagem aparecia numa bola suspensa sobre as águas que rodeiam o Oceanário. E claro, os “Olharapos” … e aquele espectáculo multimédia do Pavilhão da Utopia, fantástico!
Depois a curiosidade de ver os pavilhões, quiosques, praças e jardins. E os vulcões de água, onde nacionais e estrangeiros se refrescavam, com avisos colocados junto dos mesmos dizendo ser ‘proibido tomar banho’😊. E as árvores ainda tão pequenas e quase sem sombra. E se estava calor naquele ano de 1998… e as filas de horas para conseguir entrar em vários dos pavilhões… e os espectáculos espalhados pelos vários palcos do recinto e que culminavam no palco principal: a Praça Sony.
E os restaurantes. Pela primeira vez Lisboa tinha num só local comida de diferentes partes do mundo: Alemanha, Brasil, Cabo Verde, Coreia, Espanha, França, Egipto, Filipinas, Finlândia, Macau, Marrocos, México, Panamá, Tunísia, Uruguai, Venezuela,… era só escolher!
E claro poder ver as grandes obras, de arquitectos e engenheiros famosos das quais se destacavam o Pavilhão de Portugal e a grande pala projectada por Siza Vieira… ou a Estação do Oriente de Santiago Calatrava... e o Pavilhão da Utopia de Regino Cruz… ou o Pavilhão dos Oceanos dos Peter Chermayeff e Sollogub…
Saber quem são todos os arquitectos que trabalharam na Expo não é tarefa fácil mas, conhecer de facto, um desses arquitectos não é para todos😊.
Fizeste o restaurante “As Ilhas” (de Cabo Verde), a loja “Made in France”, cinco quiosques da “France Baguete”, dois bares na Praça Sony (“O Latino” e a “Casa Mia”) e no Pavilhão Francês do Arqtº. Philippe Délis, acompanhaste os trabalhos da “Souvenirs-Shop” e do “Bar das Ostras”. Weel done Arquitecta Anabela Porfírio!
Durante aqueles quatro meses de Expo, não sei dizer quantas vezes lá terei ido. Mas foram muitas vezes. Em especial à noite, com o “Bilhete de 1 noite”. Custava 2.000$00 (10 euros) era válido a partir das 20h, e permitia a entrada em pavilhões, assistir aos grandes concertos da Praça Sony e a todos os espectáculos que ocorressem a partir das 20h. Lembro-me de visitar a Expo com o meu irmão, várias vezes, com o “Passe de 3 dias”. E de ficar tão cansada…
Mas um cansaço bom. Rico. Cheio. Não sei dizer do que é que gostei mais. Gostei muito de muita coisa.
E naquele dia 30 de Setembro, quando uma chuva de fogo de artificio caiu sobre os milhares de pessoas que enchiam o recinto? Foi o encerramento da Expo 98. Um fogo-de-artifício grandioso, espectacular, interminável. De faltar a respiração.
E no fim? Quando o fogo acabou e aquele mar de gente a gritar Portugal! Portugal! Portugal!
Arrisco dizer que naquele momento, em simultâneo, os milhares de portugueses que ali estavam ficaram com os olhos cheios de lágrimas. De orgulho!
Arrisco dizer que naquele momento, em simultâneo, os milhares de portugueses que ali estavam ficaram com os olhos cheios de lágrimas. De orgulho!
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